A história do cinema está repleta de automóveis marcantes, permanecendo muitos deles na memória de entusiastas de ambos os mundos – o do cinema e o automóvel. Um dos melhores exemplos é o Cadillac que ficou popularizado como o Ecto-1 da série ‘Ghostbusters’, ou Caça-Fantasmas em português, que ganhou estatuto de ícone cultural. Mas, com uma sequela da saga original a chegar aos cinemas, qual é o valor desta carrinha de aspeto tão emblemático?
Quando o primeiro filme dos ‘Caça-Fantasmas’ estreou no cinema, em 1984, realizado por Ivan Reitman e escrito por Harold Ramis e Dan Aykroyd, tornou-se num sucesso massivo que arrecadou quase 300 milhões de dólares apenas com as projeções nos cinemas. Seguiram-se uma sequela, em 1989, séries de desenhos animados e muito merchandise, que ajudou a cimentar a popularidade desta saga sobre investigadores do paranormal.
Em 2016, tentou-se um ‘reboot’ com um elenco maioritariamente feminino, mas as críticas levaram a repensar a franquia e, agora, após alguns adiamentos devido à pandemia de Covid-19, estreia no cinema a sequela direta dos dois primeiros filmes, denominada ‘Ghostbusters: Afterlife’, com uma história ligada à dos originais. Presente está também a emblemática carrinha branca repleta de parafernália no topo.
Utilizado no filme como meio de transporte do quarteto de heróis pelo meio da cidade de Nova Iorque, esta carrinha começou como uma Cadillac Série 75 de 1959, comercializada em formato de chassis comercial, que a carroçadora Miller-Meteor transformava em viaturas de assistência médica e para utilização em funerárias. O Ectomobile (Ecto-1) tem por base um modelo transformado pela Miller-Meteor (que ganhou a denominação Futura), cujos passageiros podiam entrar a partir da bagageira. Sob o capot encontrava-se um motor V8 de 6.4 litros que lhe oferecia uma performance considerável. O comprimento ainda hoje impressiona, com 6,4 metros, dando assim muito espaço para bagagens – notavelmente, as mochilas de protões dos Caça-Fantasmas.
Valor em crescendo
De acordo com a Hagerty, seguradora especializada no setor automóvel, o Ecto-1 tem hoje um valor considerável, a começar desde logo pelo facto de apenas existirem cerca de 25 unidades do Miller-Meteor Futura, duas das quais terão sido propriedade da Sony Entertainment para utilização nos filmes, enquanto uma terceira foi adquirida para fins promocionais. Aquela especialista recorda que uma das unidades do filme surgiu para venda na revista americana Hemmings por módicos 149.998 dólares em 2007. Um ano depois, outro dos carros, aparentemente utilizado pela Universal Studios no seu parque temático na Florida, nos Estados Unidos, foi oferecido no site de leilões eBay por 45.000 dólares, sendo de crer que um desses dois automóveis terá sido vendido novamente, dois anos depois, em 2010, num leilão da Barrett-Jackson por 88.000 dólares.
Porém, a Hagerty indica que, uma unidade que tenha sido utilizada nos filmes e que esteja certificada como tal, poderá hoje valer mais de 500.000 dólares.
Réplicas também são procuradas
Mas nem só as unidades reais ganharam valor ao longo dos anos. Também o mercado de réplicas tem vindo a ganhar peso em volume e valor. Em 2020, um entusiasta da série criou uma réplica do Ecto-1 que se vendeu num leilão da Barrett-Jackson por impressionantes 220.000 dólares. Essa unidade resultou de uma conversão de um Cadillac Superior de 1959 utilizado como veículo funerário. Totalmente funcional, a réplica contou com um motor reconstruído em 2012.
Do lado de cá do Atlântico, no Reino Unido, uma outra réplica foi oferecida no eBay em 2014 por 175.000 libras esterlinas. Outro entusiasta britânico, Peter Dale, adquiriu uma outra réplica por 70.000 libras esterlinas, admitindo que “comprou-a apenas duas horas depois de saber que estava À venda”. Desde que a comprou ainda durante o primeiro confinamento, em março de 2020, Dale já gastou mais de 80.000 libras no processo de restauro. Citado pela Hagerty, aquele entusiasta recorda que “o carro já tinha sido convertido para o Ecto-1, mas [o processo] ficou parado por alguns anos. O motor não funcionava e precisava de ser totalmente refeito”.
Revelou ainda que os modelos são tão procurados que um chassis de um Cadillac daquele ano (1959) é quase impossível de comprar por menos de 40.000 libras esterlinas. Apesar do valor deste modelo – mesmo sendo uma réplica –, Dale garante que tem sido utilizado.
“Ainda que seja um carro de grandes dimensões, é fácil de conduzir. A visibilidade é excelente através de todas as superfícies vidradas e tem direção e travões assistidos. Surpreendentemente para algo tão comprido, o raio de viragem é bastante bom”, refere Dale. Porém, tendo aquele automóvel tanta popularidade, não é de estranhar que “o maior problema é atrair tanta atenção. Estamos a mudar de faixa e está alguém ao lado a filmar com o smartphone pelo que temos de estar sempre atentos”.
Há cerca de um ano, na antecipação do lançamento do novo filme, o canal de Youtube Ghostbusters lançou um pequeno documentário sobre o papel daquele Cadillac na saga e como foi o processo de fazer renascer este ícone para o século XXI.
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