O Parlamento Europeu aprovou, com 615 votos a favor, 24 contra e 48 abstenções, uma resolução que visa incrementar a segurança rodoviária, limitando o álcool a 0%, 30 km/h nas cidades e sem telemóvel.
Tendo como objectivo uma redução para zero das fatalidades e feridos graves causados por acidentes rodoviários no Velho Continente, o Parlamento Europeu aprovou, a 6 de Outubro, uma resolução que visa baixar os riscos de circulação. Para o conseguir, garantindo que os acidentes atingirão nível zero em 2050, os representantes dos diferentes países da União aprovaram, com 615 votos a favor, 24 contra e 48 abstenções, a redução para 0% do nível de álcool no sangue para os condutores, a limitação a 30 km/h da velocidade nas áreas urbanas e o impedimento de utilizar dispositivos que desviem a atenção da estrada, como o telemóvel.
Admitindo que os acidentes rodoviários continuam a matar e a ferir gravemente muitos cidadãos europeus, e que todas medidas aplicadas até aqui não têm conseguido reduzir o número de acidentes graves, como era pretendido, os parlamentares europeus aprovaram agora medidas mais restritivas. O que explicam pelo facto de, na Europa, continuarem a morrer nas cidades e nas estradas 22.700 pessoas anualmente, a que é forçoso juntar mais cerca de 120.000 feridos com gravidade.
No ranking dos países com mais mortos nas estradas anualmente, onde a média europeia era de 67 vítimas em 2010, tendo caído para 42 em 2020, o país que se destaca pela negativa é a Roménia, onde ainda perderam a vida 85 pessoas em 2020, seguida da Letónia (67), Polónia (65) e Lituânia (63). No outro extremo do ranking, o dos países com menos vítimas, surge a Suécia e a Noruega, ambas com 18 mortes por ano nas estradas, à frente de Malta (21) e Islândia (22). Portugal registou 80 mortos em 2010, número que foi reduzido para 52 em 2020, o que o deixa bem atrás dos nossos vizinhos mais próximos, da Espanha (29), à França (39), passando pela Itália (40), Suíça (26) e Alemanha (33).
A decisão do Parlamento Europeu, que não é vinculativa, tem agora de ser aprovada pelos outros órgãos europeus e, depois, pelos diferentes países. A União Europeia recorda ainda que “70% das fatalidades envolve peões, ciclistas e motociclistas”.
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